Há muito tempo sem dormir
As alucinações se tornaram rotineiras
E as mentiras que criei se tornaram verdadeiras,
Sem que me trouxessem algum alento.
Às margens da vida, me despedi da existência,
Por força menor, porém,
Maior que a minha vontade de viver.
À noite ou durante o dia, me deito para tentar dormir,
Cada vez mais desperdiço as poucas tentativas,
Mas enquanto o sono não vem
Penso no fim da vida,
Que não leva nada nem ninguém a lugar algum.
Só abre feridas, até o fim das outras restantes vidas.