sábado, 17 de dezembro de 2011

Perfeição


Olhando de longe, não pude perceber
A lua cheia, coberta de um intenso amarelo
Contrasta com o céu rubro,
Que segura consigo toda a chuva do mundo.

Sinto meu interior representado pelo tempo
Onde as partes mais belas serão cobertas
Pelos próximos momentos,
Estes insurgentes às minhas reflexões
Me levam a lugares desprezíveis.

Aproximo-me da paisagem surreal
E ela me traz para dentro,
Mostrando a minha ignóbil formação,
Não sei se derivada dela ou da realidade.

Retorno dessa viagem,
Obtuso e sem coragem,
Porém, decidido a esquecer.
As poucas lembranças boas,
Que são todas suas,
Me servem de alimento,
Mas me impedem de viver.

Será que uma sentença
Poderá se colocar sobre o amor
E me fazer lhe esquecer ?

Somente regenerado
E liberto de lembranças
Poderei viver,
Mesmo que para isso,
Eu tenha que morrer.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Cidadão Quem


Duvido que saibas quem sou.
Trago à vida coisas queridas,
Distantes para àqueles de vida sofrida.

Não passeio pelos pontos turísticos da cidade,
Não gozo da democracia,
Pelo meu grupo, hipócrita,estabelecida
Para impedir que a maioria das pessoas vivam em liberdade.

Já que os outros não podem falar,
Para não terem o futuro impedido,
Eu espalho ao mundo o poder das coisas que trago comigo,
Sinceramente, sei que as palavras nada dirão
E as minhas obras inacabadas logo ruirão
E servirão como alicerce de coisas ínfimas,
Porém, plenas.
Utilizadas como alimento para almas pequenas.

Que assim como a minha não influirão em nada
E só servirão para exemplos de coisas inúteis.
Como tudo proveniente do homem é sujeira,
Sugiro um estado desumano
Para que possamos aspirar e construir grandezas.