quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Perdidamente encontrado.

O fato de estar longe
Não me afasta das coisas
Que quero fugir
E nem me aproxima do que quero conseguir.

Então estarei perdido?
Ou cheio de motivos
Para sempre estar feliz?
Por ter vários caminhos
E nenhum desencontro,
Já que estou sozinho.

Ando por cidades diferentes
Com a incômoda sensação de avistar
Paisagens repetidas em todas elas.
Não paro em lugar algum
Tenso,temo sair de mais um destino a sós.
Não temo, penso:Àquela pessoa a qual me unir se sentirá pior.

Ao refletir sobre o assunto
Não me importo, pois não sinto
Nem um sentimento sucinto
Sobre a desgraça do próximo.

Que mesmo levada por mim
Me traz os piores danos
Por me afastar de tudo que gosto
E me fazer resistir, ao que me interessa.
Mesmo assim não abdico da vida que a cada dia começa.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Eu não quero estar vivo na hora de morrer

Saindo à toa sem hora para voltar
Nem me preocupo estou com meus amigos
E iremos à lugares ditos perdidos.

Chegando lá, em um meio estranho,
Demoro a cair em mim e perceber o lugar,
A música é ruim e o ambiente é decrépito
Mas como posso ligar
Se tenho amigos e mulheres por perto.

A noite passando,e ao olhar pra ela
Não me passa mais nada,
Atento até na conversa dela sobre a cabala.
Beijo.Longo.Nem vejo
Só sinto a sua boca satisfazendo o meu desejo.
Depois de uma noite especial
Volto pra casa e conversando com os amigos
E sinto que numa noite, parece muito o que tinha vivido.

Por essas belezas da vida não quero morrer,
E na hora que a minha morte chegar,eu a tentarei enganar,
Saindo daqui ou sumindo pra lá
Para que ela só me pegue quando estiver cansada
E não possa me matar
E desse jeito irei resistindo com os meus amigos
Em qualquer lugar.

sábado, 11 de dezembro de 2010

The mars sem volta!

Homens insanos agravam a situação do próximo
Enquanto eu corro para encontrar alguém
Suspeitando da possibilidade desta verdade
Não ajudo ninguém e fujo de todos que estão ao meu redor.

Encolhido,espremido, no fundo do ônibus vou trabalhar
Me resta olhar as pessoas disfarçando uma análise psicótica
Mediante a farsa que é a vida social.
Penso o quão bom seria se o ônibus virasse
Ou se o mundo acabasse, mas que eu não morresse,
Apenas despertasse.

Com a vontade realizada acordo em outro mundo,
Espaço paralelo,templo da sabedoria
Não sei porquê diabos, ninguém toca Raul,
Olha o tiozinho aqui atrás,lendo jornais,
Nem parecem pessoas e sim animais!

Todos encontrados nas relações humanas
Não parecem ser do mesmo lugar que eu
E agora tenho certeza de não estar em meu lar
Pessoas convivem e se respeitam
E algumas, até com amor se beijam.

O tempo passa e o tédio me toma...
Fico pensando onde terá uma pamonha?
Estado sombrio o qual eu me encontro...
Nada pra fazer...Escreverei um conto!
No conto o garoto queria pamonha e ouvia Raul,
Ele também sonhava em vir para cá...mas se ele soubesse o tédio que dá!

Apesar das diferenças ímpares entre eu e esse novo lugar
Gostei daqui porém não quero ficar,a minha vida terrena
Sofrida e mundana me chama para a depreciação que é viver


Augusto Menezes & Bruno Novaes

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Desculpa

Não fiz o melhor,
E nem o bastante.
Não dei meu suor,
Estive distante.

Hoje eu vejo que estávamos perto
Perder a sua companhia,
É algo concreto.
Talvez não suporte a distância sozinha
E por isso trarei a solidão que é minha.

Enquanto não nos afastamos
Vivo cada segundo como se fosse um minuto
E admiro em seus olhos a vista do mundo
Do qual não queria sair.

A trouxe aqui, pra te falar:
Amo você e não quero ficar.
Pensando no que não aconteceu
E não vai mudar.

Depois dessa declaração
Mesmo intimidado quero conversar,
Se não aceitares, talvez irei à outro lugar.
Buscar no destino o encontro perdido
Que já é mais do que me foi prometido.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Dúvida

Por uma escura viela corro sem parar,
Olho para trás e não vejo ninguém.
Quem será o perseguidor desconhecido ?
Quase esgotado paro, não penso
Sem imaginar a proximidade da morte,
Partícipe da caravana
Na qual a busca pela minha alma
É o único sentido.

Ao voltar a insana fuga
Percebo a minha condição
De ser super valorizado
Por trazer comigo algo que os interessam
Nesse momento decido acabar
Com a minha vida e os motivos dos inimigos.

No momento final, olho ao meu redor
Vejo várias pessoas sendo capturadas
E ao me sentir uma pessoa comum
Perco toda a coragem absorvida em um devaneio.

E agora, ciente da minha pobre situação,
Envergonhado, volto à idéias passadas
Onde,num lampejo, me privo da existência
Desvalida de uma vida sem fim.

domingo, 5 de dezembro de 2010

2ª Fase

Depois de muito tentar, consegui.
Estamos juntos durante um minuto,
Lhe digo coisas nas quais cabem o mundo
E pareço longe daqui.

Junto de ti as coisas mudam:
O tempo espera, vivo a quimera,
De ter você para sempre.

Ao tentar ser quem você sonha,
Me desfiguro para tornar real
O sonho de agradar-te que trago comigo.

Trazido à realidade,tento,
Sem a possibilidade de ter você,
Me aproximar de outras pessoas,
Das quais nem sequer sei os nomes
Na esperança de te esquecer.

Das tentativas frustradas
Trago comigo uma inabalada,
Que vem sendo construída aos poucos,
E se eu ao menos puder vivê-la
Sem sonhar, como é ao seu lado
Não hesitarei em te deixar.

Augusto Menezes & Bruno Novaes