terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Da Negação à Teleologia


Me recuso a acreditar na vida sem motivação
Como um simples acontecimento teleológico
Sem permitir ao homem a escolha do caminho
A seguir acompanhado ou sozinho na busca pelo pão.

Passando por contratempos, imposições e dúvidas
Não podemos abandonar a luta pela mudança
D'uma estrutura opressora quanto a liberdade
De eleger, pois, previamente definida pela vida toda
O homem é responsabilizando pelas desgraças
Da qual não poderia ter abdicado por não ter escolha.

Se o homem tem o cerne da sua existência relacionada
A formas transcendentais, não podem ser responsáveis
Por nada de bom ou ruim, por não serem quem pensam ser
E só "existirem" no padrão determinístico.
E assim sendo, ele passa a inexistir, pois sem atitudes
concretas e modificadoras da realidade ele não comprova
Ou assume a sua existencialidade.

Portanto a forma teleológica de pensar
Encoraja o ser a não agir, pensar, modificar e impedir
Fixando-o na inexistência de uma forma a suprimi-lo
Pela sua própria falta de atos o homem passará
A figurar em um retrato deixando a grande parte do nada
Para ser conquistado pelos revolucionários.

Era Pra Ser Teoria


Durante as madrugadas busco o futuro
Pois o presente não me traz nada.
Persigo o sucesso e a ascensão social
Quero ser uma pessoa diferenciada
Para dizer aos analfabetos na TV
Que perante Deus somos todos iguais.

Não amo de verdade, talvez nem a mim mesmo
Pois se contrário fosse, teria lutado contra
Tudo de bom e ruim que me foi imposto, e
Algumas imposições combinavam até com o meu gosto
Mas para parecer normal aceitei fingindo desgosto.

Hoje, frustrado e sem alguém para culpar
Busco regenerar o meu pensamento
Principal construtor de todo amor,imenso
Furor, sentido por mim, ao pensar que há
Vida, amores e doces em algum lugar.

Num mundo onde a mentira é a verdade alheia
E vagueia no meio de nós com intimidade
Sem deixar que sintamos o menor pudor
Ao renegar o próximo e clamar ao Senhor.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Retalhos Sociais


Num mundo horroroso, distante e estranho
As pessoas não se odeiam, convivem
Coexistem pacificamente e independentemente
Do que sentem, não achando pouco, se amam.

Nesse lugar é fácil absorver as dificuldades,
Os amores e as vontades de todos que nos são contrários.
Afinal, a igualdade criada a partir de uma divergência
É uma consequência social necessária
Para a continuidade do amor e da solidariedade.

Apesar de parecer onírico
O relato é verdadeiro e racional
Apesar de não poder trazer toda a verdade
Sobre um lugar sem ganância e ódio
Traz as partes principais sem as quais vivemos,
E serve para avisar a nossa espécie.
O motivo (ou a falta de) pelo qual não resistiremos.