segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Dúvida

Por uma escura viela corro sem parar,
Olho para trás e não vejo ninguém.
Quem será o perseguidor desconhecido ?
Quase esgotado paro, não penso
Sem imaginar a proximidade da morte,
Partícipe da caravana
Na qual a busca pela minha alma
É o único sentido.

Ao voltar a insana fuga
Percebo a minha condição
De ser super valorizado
Por trazer comigo algo que os interessam
Nesse momento decido acabar
Com a minha vida e os motivos dos inimigos.

No momento final, olho ao meu redor
Vejo várias pessoas sendo capturadas
E ao me sentir uma pessoa comum
Perco toda a coragem absorvida em um devaneio.

E agora, ciente da minha pobre situação,
Envergonhado, volto à idéias passadas
Onde,num lampejo, me privo da existência
Desvalida de uma vida sem fim.

Um comentário:

  1. Então, despertou sentimentos diferentes dos demais poemas.. se mostra flexível, isso é bom! ótimo poema! \o

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