Homens insanos agravam a situação do próximo
Enquanto eu corro para encontrar alguém
Suspeitando da possibilidade desta verdade
Não ajudo ninguém e fujo de todos que estão ao meu redor.
Encolhido,espremido, no fundo do ônibus vou trabalhar
Me resta olhar as pessoas disfarçando uma análise psicótica
Mediante a farsa que é a vida social.
Penso o quão bom seria se o ônibus virasse
Ou se o mundo acabasse, mas que eu não morresse,
Apenas despertasse.
Com a vontade realizada acordo em outro mundo,
Espaço paralelo,templo da sabedoria
Não sei porquê diabos, ninguém toca Raul,
Olha o tiozinho aqui atrás,lendo jornais,
Nem parecem pessoas e sim animais!
Todos encontrados nas relações humanas
Não parecem ser do mesmo lugar que eu
E agora tenho certeza de não estar em meu lar
Pessoas convivem e se respeitam
E algumas, até com amor se beijam.
O tempo passa e o tédio me toma...
Fico pensando onde terá uma pamonha?
Estado sombrio o qual eu me encontro...
Nada pra fazer...Escreverei um conto!
No conto o garoto queria pamonha e ouvia Raul,
Ele também sonhava em vir para cá...mas se ele soubesse o tédio que dá!
Apesar das diferenças ímpares entre eu e esse novo lugar
Gostei daqui porém não quero ficar,a minha vida terrena
Sofrida e mundana me chama para a depreciação que é viver
Augusto Menezes & Bruno Novaes
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