Olhando de longe, não pude perceber
A lua cheia, coberta de um intenso amarelo
Contrasta com o céu
rubro,
Que segura consigo toda a chuva do mundo.
Sinto meu interior representado pelo tempo
Onde as partes mais belas serão cobertas
Pelos próximos momentos,
Estes insurgentes às minhas reflexões
Me levam a lugares desprezíveis.
Aproximo-me da paisagem surreal
E ela me traz para dentro,
Mostrando a minha ignóbil formação,
Não sei se derivada dela ou da realidade.
Retorno dessa viagem,
Obtuso e sem coragem,
Porém, decidido a
esquecer.
As poucas lembranças boas,
Que são todas suas,
Me servem de alimento,
Mas me impedem de viver.
Será que uma sentença
Poderá se colocar sobre o amor
E me fazer lhe esquecer ?
Somente regenerado
E liberto de lembranças
Poderei viver,
Mesmo que para isso,
Eu tenha que morrer.
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