Nas ruas estreitas da minha cidade
Vejo pessoas de vários lugares e idades
Se espremendo em filas quilométricas
À espera de atrações gratuitas,
Motivo que faz se abrir em cada cidadão uma ferida,
Pois ao passar por cima dos outros, seus semelhantes
Esquece que esses portam uma vida.
Não tão vivida quanto as pedras desse lugar
Por onde andaram escravos:
Pessoas com desejo de liberdade
Que por isso eram torturados e mortos
E tinham os seus corpos expostos
Nestes becos escuros e tortos.
Os quais percorri no dia de hoje
E reencontrei a amiga do meu amigo,
Amores confusos, esquecidos.
Numa fila para ver uma banda
Que toca uma lamentação elétrica,
Vi metaleiros e punks
E a minha vergonha foi estar nela.
Cercado de Capitães do Mato
Que nos dispensam um tratamento animal,
Olhando ao meu redor imagino:
Como esse local pode ser o portal
Da minha cidade natal.
Entendo seu pensamento gugu uma cidade bela em que a população cresce a cada ano, cidade histórica de belas paisagens, visitada por turista de todo o mundo, onde houve e há tantas tragédias as vezes não dá para acreditar que isso seja real!
ResponderExcluirAUREANA SANTOS!