A chuva que cai do céu
Não lava a minha alma
Que está tão carregada de sujeiras
Todas trazidas da estrada
Pela qual eu caminhei
E de bom não trouxe nada.
Ao chegar em casa
De mãos tão vazias
Quanto a minha alma
Vislumbro no rosto do meu filho,
Menino recém - nascido, o desespero
Por passar mais um dia com fome
E pensar, se for capaz
Que talvez não terá mais um dia de paz.
Saio mais uma vez
Em busca do pão bendito,
Pelo qual hoje em dia
É um bom motivo para se fazer inimigos.
Me ajoelho, me humilho,
Não consigo o que me é querido,
E ao voltar para casa,
Mais uma vez sem nada
E saber que meu menino tinha morrido,
Graças a minha incapacidade.
Eu paro, penso:
Talvez tenha sido mal da idade.
è cara, os problemas que enfrentam as classes menos abastadas e as dores que sentimos só nos mesmos sabemos... não ha como imaginar...
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