Com a vida que tenho, dita confortável por uns
Sentida, sofrida por mim, e verdadeiramente
Inóspita. Busco mudanças além das formas.
Capazes de construirmos um mundo perfeito,
Só na teoria, pois, verdadeiramente, o mundo
Fica para os que foram eleitos.
Seres hipócritas que não trazem, nem a mentira
Dentro do peito. Isso faz algum sentido?
Muitas vezes me confronto, não sei,
Quais dos eus estão certos?
O que individualiza a mudança
E não divide a herança a quem lhe fez,
Por excelência, sem escolha, sobrecarregado, pujante.
Ou o eu, muito mais próximo a mim,
Contrário, até aos meus desejos, que vê
Na necessidade igualitária popular,
Em todos os aspectos sociais, a única perspectiva
De manter a nossa ignóbil espécie viva?
Quanto mais me aprofundo, nesse mundo sem fim.
Me pergunto se seria o homem capaz, de viver, ter
E deixar também o outro ter e ser em paz?
Me pego descrente, pois algo, até então desconhecido
Porém percebido de modo inerente a todo humano
Nos torna uma espécie decadente, ausente e sem planos.
Insustentável, o sistema se mostra. Porém seremos
Capazes de modificá-lo utilizando uma coisa velha,
Que sempre se renova e nos mostra a saída da cova?
Acredito que sim, mas isso só se realizará quando
As pessoas deixarem de se(rem) bifurca(das)r.
Nesse espaço escreverei poemas que interessem ao maior número de pessoas ou só a mim.
domingo, 31 de março de 2013
quarta-feira, 20 de março de 2013
Pandora
No começo não era nada
Logo, alguma coisa bela, porém,
Desconhecida ali havia.
Sem saber sobre o exposto,
Astuto, mas, infeliz homem
Interpretou ao seu gosto.
A partir de então o incompreendido
Passou a ter todo sentido
Nas vidas até então independentes.
Doentes, assim, nós ficamos esperando
Um acontecimento a cada ano,
Que mude as nossas vidas.
E por termos essa esperança nos abstemos de viver.
Talvez por isso, esse acontecimento nunca venha a acontecer.
Logo, alguma coisa bela, porém,
Desconhecida ali havia.
Sem saber sobre o exposto,
Astuto, mas, infeliz homem
Interpretou ao seu gosto.
A partir de então o incompreendido
Passou a ter todo sentido
Nas vidas até então independentes.
Doentes, assim, nós ficamos esperando
Um acontecimento a cada ano,
Que mude as nossas vidas.
E por termos essa esperança nos abstemos de viver.
Talvez por isso, esse acontecimento nunca venha a acontecer.
domingo, 17 de março de 2013
Pensamentos de um Bovino Durante a Seca Nordestina.
Sem você, não sei quanto tempo suportarei
Não me alimento, sequer enxergo
Deitado todo o dia, será que tenho ego?
O alimento me dado na boca, não é o bastante
Por isso gasto o tempo com sonhos,
Visões e amores distantes.
Mas quando cai a água do céu trazendo amor e vida
De nada antes eu me lembro
Sinto o sofrimento de partida.
Tudo ao meu redor fica verde,Deitado todo o dia, será que tenho ego?
O alimento me dado na boca, não é o bastante
Por isso gasto o tempo com sonhos,
Visões e amores distantes.
Mas quando cai a água do céu trazendo amor e vida
De nada antes eu me lembro
Sinto o sofrimento de partida.
O sertão ganha vida
Triste do sertanejo, que mesmo sofrendo menos
Não tem uma vida digna.
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