É a espontaneidade criticada por Lênin?
Não sei. Uma revolta popular desorganizada?
Parece. Porém todos unidos numa coisa
Que não é futebol, samba ou preces.
Consciência social? Talvez. Mas só por mudar a rotina
E mostrar aos opressores democráticos que de agora
Em diante, estaremos todos,
Independentemente de qualquer diferença
Buscando a melhoria das vidas de quem sofre nessa sina.
Complicada, que já coloca na formação da nacionalidade
O seu peso sobre as costas dos trabalhadores,
Classe que sofre por todos as dores da mãe gentil
E ela somente existe num hino onde a perfeição da forma
É o seu podre objetivo, e por isso falam de uma país varonil
E nós, todos oprimidos, sabemos não ser o Brasil.
Mas isso não é mais importante, pois a todo instante
Mostramos a capacidade de mobilização que precisa ser constante
E com ideais bem definidos para a tornar a marcha maior
E buscarmos êxitos nos sentidos que a mesma terá recebido
Dados pelos famintos populares, clamantes de igualdade.
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